1. Informações gerais
1.1. Regras locais
Se houver necessidade de
aplicação de regras locais pelos organizadores da etapa, estas devem ser
informadas à diretoria técnica do 7º Open São Pedro de Voo Livre, para
aprovação, com um mês de antecedência ao início do evento, para que as novas
regras possam ser disponibilizadas no website.
1.2. QG
Deverá preferencialmente ser no
mesmo local, onde deverão constar todas as informações relativas à competição,
tais como, programação, resultados e previsão metrológicas e etc. A organização
poderá mudar o local do QG e esta mudança deverá ser anunciada no briefing no
dia.
1.3. Transportes para a rampa
Os
locais e horários de saída dos veículos de transporte de pilotos e
equipamentos, serão informados no briefing geral da competição, nos avisos por
e-mails e listas de e-mails, e/ou nos locais de marcação dos voos. Durante a
competição os transportes e resgates oficiais somente poderão ser utilizados
pelos pilotos inscritos. É obrigatória a apresentação do crachá ou comprovante
de inscrição para seu acesso.
1.4. Decolagem
É obrigatório o uso do adesivo de
identificação (numeral) no capacete para entrar na área de decolagem. Os
pilotos não inscritos não poderão decolar até o fim da janela de decolagem.
1.4.1. Sistema de decolagens
Se
necessário os organizadores da competição poderão utilizar o método de
prioridade de decolagens, onde todos os pilotos entrarão pelo portão de acesso
à decolagem em fila ordenados de acordo com a sua categoria: 1. Open, 2. D-Hot,
3. Serial, 4 Sport e 5. Fun.
1.5. Pouso
Pousos e decolagens no decorrer
da prova são terminantemente proibidos. Caso haja a comprovação deste fato, o
piloto será excluído do evento. Logo após a decolagem o piloto que constatar
qualquer problema ou pane em seu equipamento, poderá pousar, mesmo que na
própria rampa, após a comunicação pela freqüência de emergência e autorizado
pelo Juiz Geral. A autorização para uma nova decolagem deverá ser avaliada pelo
Juiz Geral, que se baseará em fatos e provas da necessidade do pouso. A
prioridade será sempre a segurança dos pilotos lembrando que um piloto em risco
não pode tentar garantir sua segurança em detrimento da segurança dos demais.
Todos os pilotos devem dobrar seus parapentes imediatamente após o pouso. Um
parapente aberto ao chão é, por convenção, definido como um pedido de ajuda por
parte do piloto.
1.5.1. Report back Obrigatório
É obrigatório reportar a posição
do piloto na freqüência da organização em no máximo 30 (trinta) minutos após o
pouso. Caso não consiga se comunicar por rádio, o piloto deverá comunicar sua
posição por outros dispositivos informados previamente no briefing do dia, tais
como mensagens sms, telefone da organização, lista no resgate, ou no QG da
competição imediatamente após chegar à cidade. O envio do gps para a apuração
não caracteriza o report back. Em caso de operações de busca e resgate
desnecessárias por pilotos que não reportarem suas posições, estes poderão ser
punidos com a exclusão da competição. Da mesma forma, o piloto poderá ser
punido por atrasos no report back.
1.6. Briefings
Diariamente deverá ser feito um
briefing pelo diretor de provas e deverá haver um quadro de avisos na rampa com
detalhes da prova do dia, parâmetros de sua validação e informações sobre
horários e locais de marcação dos voos. É de inteira responsabilidade do piloto
o seu conhecimento. Um tempo mínimo de 15 minutos entre o término do briefing e
a abertura da janela, deverá ser obedecido.
1.7. Tempo de descanso
Um tempo mínimo de descanso de 8
horas deve ser cumprido por pelo menos 90% dos pilotos, entre o download do gps
após a prova e o transporte para prova do próximo dia.
1.8. Ajuda externa a
competidores
Qualquer tipo de ajuda na
localização de térmicas, direção e intensidade do vento no decorrer da prova e
navegação em geral, por pilotos que não estejam participando da competição, são
extremamente proibido, podendo o piloto beneficiado ser punido pela
organização. Os pilotos "birutas" devem pousar o mais breve possível,
assim que o start da prova for iniciado.
1.9. Categorias
Fun, Sport, Serial, D-Hot e Open, sendo: Fun (EN A e EN B),
Sport (EN C), Serial (EN D), D-Hot (EN D HOT) e Open (Competition).
Na
categoria Fun não serão aceitas as inscrições de pilotos com nivelamentos
superiores a II.
2. Segurança
2.1. Regras de tráfego aéreo
Todos os competidores devem
obedecer as leis e regras vigentes no Brasil.
2.2. Dano ao parapente
Qualquer dano grave a um
equipamento deve ser informado aos organizadores sem demora, e o equipamento
pode ser então reparado. Quaisquer substituições devem obedecer rigorosamente
as especificações originais. O diretor de prova pode permitir que o equipamento
seja substituído (temporariamente ou permanentemente) em caso de danos, perda
ou roubo, podendo este ser substituído por:
• Um parapente de performance
igual ou inferior, da mesma classe ou de classe inferior.
2.3. Comportamento perigoso
É responsabilidade de todo piloto
voar de maneira a manter a sua segurança pessoal e a de outros. O diretor de
prova pode penalizar competidores que não observem esta regra, ou até mesmo
excluí-los da competição.
2.4. Condições pessoais de voo
Qualquer lesão e/ou ingestão de
medicamentos que possam afetar a decolagem, o voo ou o pouso do piloto devem
ser comunicados ao juiz geral e ao diretor de segurança da competição. Ambos
têm o poder de excluir da competição quem não estiver em condições para tal. O
consumo de drogas é proibido. A decolagem sob o efeito de drogas será punida
com a expulsão do piloto da competição.
2.5. Nível técnico do piloto
Pilotos que não apresentarem
nível técnico adequado, colocando em risco a si e a outros pilotos poderão ser
excluídos da competição pelo juiz geral e/ou diretor de segurança.
2.6. Capacete, pára-quedas de
emergências, rádio de comunicação e GPS.
Todo piloto deve voar com um
capacete, pára-quedas de emergência, rádio e GPS em todos os voos da
competição.
2.7. Tráfego aéreo
Um parapente chegando a uma
térmica deve girar na mesma direção que os parapentes que já estão nela,
independente da sua altura. O sentido de rotação da térmica dentro do raio do
start, será informado diariamente no briefing, devendo ser obedecido por todos
os pilotos. Por padrão, nos dias pares o sentido será o horário (direita) e nos
dias ímpares, o anti-horário (esquerda).
2.8. Voos em nuvens
O voo em nuvens é extremamente
proibido. Este é caracterizado quando o piloto ou qualquer parte do seu
equipamento desaparecer da vista dos pilotos próximos. O piloto que o fizer,
terá os seus pontos do dia zerados, mesmo que tenha demonstrado a não intenção
de entrar na nuvem. Como argumento para protesto, o piloto que se sentir
prejudicado poderá anotar as coordenadas do local em que o tubo ocorreu através
de um “mark enter” em seu gps, para que esta coordenada seja utilizada para
comprovação, ou se utilizar de 2 (duas) testemunhas que comprovem o ocorrido.
2.9. Lastro
O piloto pode carregar apenas
lastro dispersível, na forma de água. Um piloto deve evitar alijar o lastro a
qualquer momento em que possa afetar outros competidores ou público em geral. O
peso do lastro, incluindo todo o equipamento de voo (vela, selete, capacete,
rádio, etc..) não deverá exceder 33 kg em relação ao peso de referência do
piloto.
Fica definido como peso de
referência do piloto seu peso vestido e calçado como for decolar depois da
checagem de peso.
3. Provas
3.1. Tipos de prova
3.1.1. Race to goal
Onde o objetivo é ser o primeiro
a chegar ao goal. O tempo de abertura do start e a rota são os mesmos para
todos os pilotos.
3.1.2. Elapsed time
Onde o objetivo é voar a rota no
menor tempo possível. A rota é a mesma para todos os pilotos, porém o tempo de
abertura do start é individual. A opção de abertura do tempo individual,
podendo ser na primeira ou última entrada do piloto no raio do start, deverá
ser informada no briefing da prova. Serão computados pontos de liderança.
3.2. Interrupção ou
cancelamento da prova
O diretor de prova pode
interromper ou cancelar uma prova por questões de segurança. Em provas de “race
to goal”, se ao menos um piloto tiver chegado ao goal, ou pelo menos 40% do
tempo estimado para a prova tiver sido voada após a abertura do start gate, a
prova será interrompida e sua pontuação apurada verificando-se o track log do
competidor até os 5 minutos que antecedem o momento da interrupção (ex. Se a
interrupção se deu às 14:55 hs, a prova será apurada com a hora de interrupção
às 14:50 hs). Em provas de “elapsed time” a prova será cancelada. A comissão de
segurança eleita pelo dp (diretor de prova) poderá auxiliá-lo no que se diz
respeito à segurança em voo.
3.3. Alteração da prova
Tendo decolado um só piloto, não
mais serão aceitas alterações na prova.
3.4. Comissão de prova
Será escolhida pela organização,
ao menos 3 pilotos experientes que tenham conhecimento sobre o local, para a
escolha da prova, os quais deverão elaborá-la e apresentá-la ao diretor de
prova para apreciação.
3.5. Sistema de decolagem
Será o de “janela aberta” e
deverão ser obedecidos os seguintes critérios:
• A janela só será aberta em
condições supostamente seguras.
• O Juiz Geral definirá o sistema
de decolagem a ser adotado. Podendo optar que a decolagem transcorra livremente
ou utilizar o sistema de prioridade de acordo com a categoria.
• Caberá ao Juiz Geral estipular
a hora de abertura da janela e a hora limite para que esta seja fechada.
• Por motivos de segurança, o
Juiz Geral poderá fechar a janela. O tempo de abertura da janela será então
estendido pelo tempo que esta ficou fechada, sem exceder o tempo limite de
extensão de 30 minutos.
3.6. Tempo mínimo de abertura
da janela
A prova do dia somente será
validada se um tempo mínimo de abertura de janela for atendido. Este tempo
deverá ser calculado multiplicando-se o número de competidores por 30 segundos
(tempo mínimo para uma decolagem segura por piloto), e dividindo este total
pelo número de decolagens simultâneas suportadas pelo local. Por exemplo, em
uma competição com 100 pilotos, em uma rampa que suporta 5 decolagens
simultâneas, o tempo mínimo de abertura de janela para validação será de 10
minutos (100*30/5 = 10 minutos). Por padrão, será adotado o tempo de 30
minutos.
3.7. Starting gate
Para validar o seu início de
prova o competidor deverá cruzar, após o horário de abertura do start gate, o
limite de um cilindro com raio pré-estipulado, com centro na coordenada
informada no briefing, na direção indicada (saindo ou entrando). Para comprovar
que o piloto estava dentro deste cilindro, o tracklog do seu gps deve mostrar
pelo menos um ponto dentro deste círculo. O raio do start poderá ser alterado
diariamente pela comissão técnica, sendo este informado no briefing do dia.
3.8. Pilões
Para comprovar que o piloto
completou um pilão, o tracklog do seu gps deve mostrar pelo menos um ponto
dentro do cilindro do pilão seja qual for o raio do mesmo. Uma tolerância de
0.5% será aplicada no cálculo de distância de validação do pilão, para
compensar as diferenças entre as fórmulas usadas no software do gps e software
de apuração. O raio do pilão poderá ser alterado diariamente pela comissão
técnica. Por padrão este raio é de 400 metros.
3.9. Goal
Por padrão, um cilindro de raio
de 1000 metros será utilizado para a tomada de tempo final (end of speed
section), e um cilindro menor no centro da coordenada será adotado como goal.
Os pilotos devem obrigatoriamente entrar no cilindro menor para validar seus
pontos de velocidade. Aquele que não cruzar o raio do goal pré-establecido,
perderá todos os seus pontos de velocidade. Não haverá juiz de pouso ou de
goal, sendo a entrada no cilindro virtual comprovado somente através do
tracklog do gps.
3.10. Deadline da prova
Se necessário, um horário limite
para o término da prova do dia poderá ser estipulado pelo diretor de prova.
Caso o tempo de prova atinja o “deadline” estipulado, a apuração se dará
aplicando-se os fatores de validação descritos no item 3.2 deste regulamento.
4. Protestos
No ato da inscrição serão levados
ao conhecimento dos pilotos os três membros da comissão de protesto. Esta
comissão será soberana e decidirá pela execução ou não do objeto protestado.
Pilotos que julgarem terem sido prejudicados por outros pilotos, bem como pelo
regulamento vigente, poderão apresentar seus protestos à comissão, mediante
pagamento de R$ 150,00 em dinheiro, em um prazo máximo de 2 (duas) horas após a
divulgação do resultado e 30 (trinta) minutos para o último dia de prova da
competição. Se o protesto for aceito, a taxa de protesto será devolvida ao
piloto.
5. Penalidades
5.1. Pousos
O piloto que pousar e decolar ao
longo da prova perderá os pontos do dia. Em caso de reincidência será excluído
da competição.
5.2. Report back
Primeiro atraso na realização do
report back: Advertência; Reincidência ou não realização do report back - Perda
de 100 pontos da melhor pontuação do piloto na competição; Não realização de
report back que motivem desnecessárias operações de busca e resgate: Exclusão
da competição.
5.3. Regras de tráfego aéreo
O piloto que colocar em risco a
sua própria segurança ou a de terceiros, poderá perder 100 pontos da sua melhor
pontuação na competição, até ser expulso da competição.
5.4. Voo em nuvens
O piloto terá seus pontos do dia
zerados, podendo haver a exclusão da competição.
5.5. Lastro
Perda de 100 pontos na pontuação
do dia por exceder o peso máximo permitido; Exclusão da competição se houver
reincidência.
6. Apuração dos resultados
Todos os pilotos devem fazer o
download de seus tracklogs no QG do evento, em horário pré-estabelecido no
briefing do dia. Quem não o fizer, a cada omissão de marcação, perderá 10% de
sua prova com maior pontuação na etapa.
6.1. Distância voada
A marcação da distância voada
será sempre estipulada em função da distância do próximo objetivo, menos quanto
faltou ao piloto para chegar lá.
6.2. Comprovação de voo e
objetivos
A comprovação do voo e dos
objetivos executados será feita exclusivamente por gps.
6.3.
Pontuação
A
fórmula utilizada para o cálculo dos pontos será a gap2008, sendo considerados
os pontos de distância, pontos de velocidade, pontos de liderança e pontos de
chegada ao goal.
6.4. Critério desempate na
pontuação da etapa e na competição
1) Em caso de goal, quem chegou
mais vezes em melhor colocação.
2) Maior somatória de distância
voada.
3) Havendo empate nos critérios
acima, o desempate se dará por idade de voo, ou seja,
ganhará aquele que tiver menos
tempo na prática do voo livre.
6.5. Premiações
Serão premiados com troféus e
dinheiro os três primeiros colocados de cada categoria e medalhas para o quarto
e quinto.
O percentual da premiação em
dinheiro será equivalente ao número de inscritos por categoria.
A premiação será separada
exclusivamente por categoria. Ex: Um piloto inscrito na categoria Fun não
levará a premiação de uma categoria superior mesmo tendo ficado com maior
pontuação.
7. Utilização do gps
7.1. Modelos aceitos
Apenas serão aceitos os modelos
de gps que gravem o componente de altitude no tracklog,
tais como os aparelhos das marcas
garmin, aircotec, brauniger, logger, loggit, tracklogger,
mlr, compeo, flytec e digifly.
Pilotos com gps da marca garmin,
brauniger, flytec, flymaster e aircotec não necessitam
trazer seus cabos de comunicação.
Pilotos que tenham outros modelos deverão trazer seus
cabos na marcação de voo.
Quaisquer outros modelos deverão
ser apresentados previamente ao apurador da competição no ato da inscrição, que
poderá ou não permitir a sua utilização para comprovação de voo.
7.2. Validade dos dados
Para ser considerado válido, o
tracklog do gps deve satisfazer as seguintes condições: Deve conter o percurso
completo do piloto na prova, sem interrupções maiores que 900 segundos; O
piloto deve limpar o tracklog todos os dias nos modelos de gps garmin e mlr
antes de decolar; Todos os pontos devem apresentar marcação de data e hora
válidas e consistentes com os demais pontos. São considerados pontos contínuos
aqueles que não têm mais do que 30 segundos de diferença ao seu antecessor.
7.3. Critério de checagem
O tracklog deve mostrar, para
cada pilão e para o start gate, pelo menos um ponto dentro de um cilindro.
7.4. Cálculo de distância da
prova
Observar-se as novas diretrizes
da fai (federação aeronáutica internacional) que estabelece: Distância da prova
é o menor caminho entre a decolagem e goal, considerando-se tangenciar os raios
dos demais pilões das provas.
7.5. Pilões (waypoints):
O piloto deve entregar seu gps
sem pilões (particulares ou de competições anteriores) para inserção da
identificação do piloto e dos pilões (waypoints) oficiais da competição.
8. Ranking
Pontos corridos. Será definido
pela somatória das notas não descartadas.
Definirá os campeões do ano.
9.
Disposições gerais
Dúvidas
ou assuntos não abordados neste regulamento serão analisados e julgados pela
Comissão Técnica do 7º Open São Pedro de Voo Livre. Assuntos relacionados
especificamente ao evento serão julgados pela Comissão de Protesto ou pelo Juiz
Geral que, de acordo com a matéria, deverá ter o respaldo das Comissões de
Provas e de Segurança e Diretores de Prova e de Segurança.
Obs.:
Este regulamento poderá ser alterado em detalhes até 15 dias antes da data de
início do 7º Open São Pedro de Voo Livre.